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sábado, 21 de fevereiro de 2009

Historia do Carnaval de São Luís





Historia do Carnaval de São Luís
Uma cidade histórica, colonial, que mantinha uma bela tradição de Carnaval, chegou a deixar de lado essa tradição por um bom tempo, mas resgatou o melhor de seu Carnaval a partir da segunda metade dos anos 80. Esta é São Luís do Maranhão.Até os anos 60, São Luís tinha uma tradição de Carnaval de rua, em que as famílias se reuniam para brincar e dançar nas estreitas vielas do Centro Histórico. Essa tradição se perdeu por algum tempo. Antigamente, havia bailes tradicionais em São Luís, que eram feitos em casarões alugados especificamente para essa finalidade. Havia uma série de bailes, em que as mulheres iam mascaradas. Na década de 70 esses bailes foram proibidos. Depois, com a influência de outras cidades começou a se tornar um Carnaval de passarela. As escolas de samba, que tinham uma batucada bem característica, bem peculiar, da qual hoje temos alguns remanescentes, começaram a ser muito influenciadas pela tradição carioca. O Carnaval passou a ser voltado para os desfiles, enquadrando em grupos com critérios muito influenciados pela estética carioca, sobretudo as escolas de samba.Essa reversão de tradição começou a mudar a partir da segunda metade dos anos 80. Um movimento de resgate das tradições começou a se formar entre artistas, intelectuais e personalidades maranhenses.A partir daí, nos anos 1990, foi feito todo um esforço nesse sentido, quando artistas e intelectuais formaram blocos, saíram caracterizados de fofões, figura tradicional de nosso Carnaval. Assim, a cada ano o Carnaval de São Luís foi recuperando suas tradições, criando novas atrações e ganhando as ruas como sua passarela, principalmente em circuitos, como o Deodoro-Madre Deus, o mais tradicional.
BlocosOutro diferencial do Carnaval de São Luís são os blocos de ritmo, os blocos tradicionais e os grupos de tambor de crioula (dança de negros antiga, da época das senzalas, marcada pelo ritmo dos tambores e o bailar das mulheres, chamadas coureiras). O corso, que eram carros alegóricos sobre caminhões que desfilavam, hoje está reduzido só à Casinha da Roça, que é uma alegoria feita toda em palha, como se fosse mesmo uma casa de caboclo, com dançarinas de tambor de crioula dentro. É uma alegoria muito viva, em que mulheres vão cozinhando na rua e distribuindo comida ao pessoal.
Fantasias e Criatividade
O carnaval maranhense é muito criativo e popular. Ele envolve os vários segmentos da nossa população, com grande número de grupos. Aqui, podemos destacar entre esses grupos os blocos tradicionais, blocos organizados, blocos alternativos, blocos afro, blocos de sujo (aqueles com pessoas sem fantasia), ou de maneira jocosa (como homens vestidos de mulher, por exemplo), que fazem batucadas pelas ruas.Há também a figura dos fofões (figura da commedie dellarte), um pierrô ou um arlequim que não deram certo, que o caboclo não soube fazer a roupa e fez de chitão. Eles vestem uma máscara grotesca, com nariz grande, levam uma bonequinha na mão e uma vara para espantar as crianças ou os cachorros. A boneca é para pedir uma espécie de esmola.
Ritmo
Sobre o estilo da música no Carnaval de São Luís, destacam-se quatro referências: o samba de bloco de ritmo (que tem base na percussão de tambores grandes); o samba de batucada dos blocos tradicionais; o tambor de crioula; e a marchinha. Mas há espaço também para os desfiles de escolas de samba, com características comuns àqueles que acontecem por quase todo o Brasil, além de outras expressões tradicionais, como as tribos de índio, os cordões, as jardineiras (caminhões que trazem músicos tocando enquanto a população os segue dançando pelos circuitos da cidade) e os próprios bailes de salão.
Brincadeiras e Animação
Na cidade existem mais de 80 blocos que surgiram entre 1910 e 1920. Com coreografias ritmadas e belas fantasias, seus integrantes animam a festa e o público. Já os blocos afros, como o Abibimã e o Akomabu, são inspirados nas tradições baianas e destaca a percussão afro.Outro destaque é o bloco Tribo de Índio, inspirado nos rituais de cura e realizado por pajés. O bloco comemora mais de seis décadas de história e seus integrantes, na maioria homens, desfilam pelas ruas, fantasiados de índios.
Mas o que seria do carnaval maranhense se não fosse a típica brincadeira de Urso? Esta é uma manifestação separada por dois cordões, onde participam jovens, crianças e adultos, todos fantasiados de índios, soldados, caboclos, médicos, ciganos e outros personagens. Durante a brincadeira todos assistem três pessoas mascaradas de macaco, cachorro e urso dançando, no centro dos cordões, ao som de marchinhas carnavalescas executadas por um grupo de músicos locais, que vão contando a história musicalmente dos personagens e contagiando o público presente.
SãoLuis (maranhão)

1 comentários:

Eliezer Queiroz disse...

Amigo, gostei muito da postagem, sou maranhense amo minha terra, e só faltou vc falar sobre a brincadeira de jogar maisenas nos outros, que e algo que não vejo em nenhum outro lugar do Brasil.